A ideia de que alguém pode ser viciado em
sexo é controversa, mas um novo estudo sugere que a condição é um
distúrbio e traça regras para avaliar quando alguém sofre ou não do
problema.
Diversos pequisadores já tentaram
incluir o distúrbio hiperssexual no Manual de Diagnóstico e Estatística
de Distúrbios Mentais -- a bíblia das desordens mentais. No entanto,
eles ainda precisam chegar num consenso sobre o que é propriamente ser
viciado em sexo.
Uma pessoa que faz sexo
frequentemente não é diagnosticada com transtorno hiperssexual, segundo o
pesquisador Rory Reid, psicólogo e professor da Universidade da
Califórnia, em Los Angeles. Já um indivíduo cujas atividades sexuais são
excessivas e frequentemente usadas para lidar com o estresse, além de
interferir na rotina, pode cumprir os critérios para a doença, garante o
cientista.
Entre pesquisadores, já se sabe
que o transtorno hiperssexual faz você perder o controle e agir por puro
impulso sexual, ignorando as repercussões. "Eles podem considerar as
consequências momentaneamente, mas de alguma forma sentem que a
necessidade de sexo é mais importante, e escolhem o sexo, mesmo em
situações em que essas escolhas podem causar danos ou problemas
significativos", tais como perda de emprego , problemas de relacionamento ou dificuldades financeiras, esclarece Reid.
No
estudo, a desordem hiperssexual foi definida como "fantasias sexuais
recorrentes e intensas, impulsos sexuais e comportamento sexual", que
duraram pelo menos seis meses. O diagnóstico requer que essas fantasias
sexuais, impulsos e comportamentos causem sofrimento ao paciente ou
interfiram no trabalho
ou na vida social. Para ser classificado como desordem, o comportamento
não pode ter sido provocado por drogas, álcool, ou qualquer transtorno
mental.